Jovens Cearenses Criam Caneta que Detecta Drogas em Bebidas e Combatem o Golpe "Boa Noite, Cinderela"
Legenda: Maria de Fátima, Mariana, Ana Letícia, Bianca Emanuelle e Ana Clara realizaram o projeto para prevenir golpe ‘boa noite, Cinderela’ com orientação da professora Elly Hanna de Lima Sobrinho
Um grupo de cinco estudantes da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) José Maria Falcão, localizada em Pacajus, no Ceará, desenvolveu um dispositivo inovador para combater o golpe conhecido como "boa noite, Cinderela". A "Drug Test Pen" é uma caneta capaz de identificar benzodiazepínicos, substâncias utilizadas para dopar vítimas em crimes de roubo e violência.
O projeto, intitulado "Drug test pen: caneta identificadora de ansiolíticos em bebidas adulteradas", foi criado em resposta ao tema "Mulheres e Ciências: Caminhos para a Equidade de Gênero" proposto para a feira científica da escola. As estudantes, atualmente no 3º ano do Ensino Médio, realizaram pesquisas para identificar as substâncias utilizadas no golpe e desenvolveram um reagente colorimétrico não tóxico que reage com os benzodiazepínicos, alterando a cor da bebida em contato com a caneta.
O funcionamento da caneta é simples e rápido: basta traçar uma linha com a caneta em um papel filtro ou guardanapo e pingar algumas gotas da bebida. Se pontos pretos aparecerem na superfície, a bebida foi adulterada com substâncias dopantes. O resultado é obtido em cerca de 10 segundos, e a caneta pode ser reutilizada.
A escolha do formato de caneta se deu pela praticidade e facilidade de uso em locais públicos. O projeto foi desenvolvido pelas estudantes Ana Clara Torres do Vale, Ana Letícia Sousa de Oliveira, Bianca Emanuelle da Silva Lino, Maria de Fátima Pereira de Sousa e Mariana Severiano Menezes, com orientação da professora Elly Hanna de Lima Sobrinho.
Além da eficácia, a "Drug Test Pen" se destaca pelo baixo custo de produção, estimado em R$ 10, enquanto soluções similares no exterior chegam a custar R$ 300. Essa diferença se deve ao reagente de baixo custo e à simplicidade do dispositivo.
O projeto já foi premiado em feiras científicas locais, como o Ceará Científico e o Ceará Faz Ciência, e agora será apresentado na 23ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece em São Paulo entre os dias 25 e 28 de março. As estudantes concorrem a prêmios como bolsas de estudo e a oportunidade de representar o Brasil na Regeneron International Science and Engineering Fair 2025, nos Estados Unidos.
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